O conceito de BIM é relativamente novo no mercado: seus primeiros registros datam da década de 70. A sigla BIM como conhecemos surgiu pela primeira vez em 1986, em um artigo de Robert Aish, que trabalhava com a GWM Computers LTD, e tem como significado Building Information Modeling, em português, Modelagem da Informação da Construção. É importante dizer que BIM é um conceito e, portanto, não deve ser confundido com apenas um software ou modelo tridimensional de uma construção. Atualmente, esse conceito está presente em softwares como Revit, ArchiCAD, Tekla BIMsight, entre muitos outros.
Para a BuildingSMART, organização mundial de desenvolvedores de tecnologia para o setor da construção civil, BIM pode ser definido como:
“Representação digital das características físicas e funcionais de uma edificação, que permite integrar de forma sistêmica e transversal às várias fases do ciclo de vida de uma obra com o gerenciamento de todas as informações disponíveis em projeto, formando uma base confiável para decisões durante o seu ciclo de vida, definido como existente desde a primeira concepção até à demolição”
Com a modelagem em BIM, é como se o edifício ou residência, antes de ser construído no terreno, fosse construído virtualmente, o que nos leva a um de seus maiores objetivos: integrar os diversos projetos de engenharia (hidráulico, estrutural, arquitetônico, elétrico e outros). Sendo assim, ao unificar todos os projetos em um modelo, é possível saber se existem problemas de compatibilização na obra, como interferências entre tubulações, eletrodutos e elementos estruturais. Com essas informações em fácil acesso, torna-se muito mais simples identificar e corrigir problemas como esses, evitando dores de cabeça e imprevistos durante a execução.
O uso do BIM no mundo já tem conquistado seu espaço: nos EUA por exemplo, segundo o SmartMarket Report, o uso da tecnologia BIM passou de 40% em 2009 para 71% em 2012. No Brasil não é diferente, em 2017 a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) lançou um catálogo de normas aplicáveis ao BIM, junto com a ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial), e neste mesmo ano, surgiu o decreto que fundou o Comitê Estratégico da Implantação do BIM, com intuito de disseminar a tecnologia pelo país. O primeiro seminário sobre BIM foi realizado em 2018 em parceria do SENAI Nacional com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção, trazendo para mais perto do mercado e da sociedade o conceito de BIM e a necessidade que está surgindo da sua incorporação pelo setor da construção civil.
Como forma de implantar o BIM no Brasil, o Governo Federal criou o decreto nº 9377 de 2018 que institui a Estratégia Nacional de Disseminação do BIM, estipulando datas e metas para o setor da construção, atualmente substituído pelo decreto nº 9983 de 22 de agosto de 2019. Uma das exigências do decreto é que, até 2021, será necessária a modelagem 3D para a elaboração de projetos de engenharia e arquitetura, visando reduzir desperdícios e custos, além de resultar no aumento da produtividade do setor.
Dentre outros benefícios de trabalhar com projetos em BIM, destaca-se a rápida obtenção de quantitativos, visto que cada elemento modelado conta com todas as suas características e materiais, sendo possível, ao final do projeto, obter, de forma precisa, a quantidade de material que será utilizado (concreto, aço, tinta, revestimento cerâmico, entre outros) e, consequentemente, estimar o orçamento total de materiais para a execução da obra.
Na TCP Engenharia Civil, já trabalhamos com a modelagem seguindo os conceitos supracitados em nossos projetos, oferecendo, para os nossos clientes, todas as vantagens inerentes ao BIM: maior agilidade na concepção dos projetos, melhor visualização da disposição dos cômodos e do design da edificação, redução dos conflitos e mudanças durante a construção e aumento da qualidade geral do projeto.
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